sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Leve 6 em 1

Música é algo na minha vida que quanto mais eu conheço, mais eu me apaixono. Cada nova melodia, cada nova harmonia, cada novo instrumento, cada nova possibilidade de combinação, cada possibilidade de um novo arranjo... Tudo isso me dá uma sensação de êxtase do mais alto fio de cabelo da minha cabeça até a unha do meu dedão no pé.

Sempre valorizei cada instrumento singularmente, inclusive a voz, e me admirava quando um instrumento era capaz de simular ou imitar o mesmo efeito sonoro de outro instrumento. E quando descobri que a voz era o mais poderoso instrumento para realizar múltiplas simulações sonoras. Aí, de fato, eu me apaixonei completamente pelo uso da voz na música!

Lembro-me como se fosse hoje, quando eu tinha uns oito anos de idade, certa vez que um primo meu, que na época morava em Maceió (hoje mora em Vitória), veio nos visitar. Ele sempre trazia novidades da música gospel internacional e dessa vez havia trazido algo inédito! Uma gravação numa fita cassete de um grupo com 6 vozes masculinas que faziam tudo numa canção. Vocal e instrumental somente com suas 6 vozes. O que veio a ser o melhor vocal de todo o mundo: Take 6.

Me lembro até hoje que nessa fita havia a primeira gravação de “If we ever” e que no final da música, no último acorde, eles elevavam o tom da harmonia num efeito meio “pitch”, de maneira tão rápida, que terminavam com um som de vidro quebrando. Muito interessante e bem criativo! Hoje, quando se apresentam ao vivo, ao invés do vidro, um deles faz o som de um prato de ataque da bateria (acho que é o Mark Kibble).

A partir dali, passei a admirar mais e mais este grupo. Como na época que ouvir falar deles a tecnologia do CD ainda estava começando a ser trazida para o Brasil, eu não tinha como comprar os seus CDs ou até LPs (sem falar que eu ainda era muito criança para isso).

Foi então, quando eu fiz 15 anos, que eu tive a oportunidade de comprar alguns CDs deles. Comecei por dois que o esposo de uma prima minha estava vendendo, já que ele estava se mudando para os EUA e estava se desfazendo de todas as suas coisas. Foi o “Join the band” e o “Brothers”.
Fiquei uns 3 anos só escutando estes dois CDs. Depois comprei o “Take 6 Live” e ganhei de presente o “Greatest Hits”, o “So Much 2 Say” (que foi o segundo CD deles) e o “So Cool”.
Certa vez, passando por uma loja de CDs de Jazz, achei o primeiro CD deles, “Doo Be Doo Wop Bop”, o mesmo que eu havia ouvido gravado em fita cassete quando eu tinha 8 anos. Comprei na hora. Mas alguns anos depois esse CD desapareceu. Não sei se emprestei para alguém, mas nunca mais o encontrei.
Os CDs de natal “He is Christmas” e “We wish you a Merry Christmas” eu nunca conseguia encontrar aqui no Brasil. Então o meu primo, o mesmo que havia me apresentado as músicas do Take 6 pela primeira vez, me mandou uma cópia desses CDs pelo correio.
Depois de conseguir os CDs mais antigos deles, passei a comprar os novos CDs que foram surgindo: “Beautiful World” e “Feels Good”.
O último CD deles “The Standard”, eu ainda não tive a chance de comprar, mas estou na busca.
Mas a minha realização maior se deu neste ano quando pude vê-los cantar ao vivo aqui no Brasil. Já havia perdido umas 3 oportunidades de assisti-los aqui no Brasil. Mas dessa vez não quis perder essa chance de jeito nenhum! Viajei para o Rio de Janeiro e pudesse assistir um dos melhores, senão o melhor show musical da minha vida. Os caras são demais! Dominam e brincam muito com suas vozes! Foi uma experiência única na minha vida que espero viver novamente!
Cada voz mais fantástica que a outra:

Claude McKnight possui uma extensão incrível e uma sonoridade melodiosa tanto no grave quanto no agudo. Um falsete limpíssimo de fazer inveja em qualquer tenor.

Mark Kibble, melhores melismas impossível! Até hoje guardo em minha mente o solo dele em “Within me”.

Joey Kibble puxa a melodia no “lead” como ninguém! Além de trazer muita energia nas músicas.

David Thomas possui uma voz maravilhosa além de belíssimos agudos. Somente neste show eu pude perceber isso de fato quando ele fez um “voz e piano”.

Khristian Dentley é o mais novo do grupo (substituindo o Cedric Dent) mas demonstrou uma tremenda destreza no palco, principalmente em suas performances imitando o Michael Jackson.

Alvin Chea, para mim, é o melhor baixo vocal do mundo. Consegue dar notas extremamente graves com potência e ao mesmo tempo aveludadas.
Ainda de quebra, tive a chance de ouvir um outro cantor que gosto bastante mas nunca o tinha ouvido ao vivo: Ed Motta. Ele deu “uma canja” com o Leonardo Gonçalves (outro músico que admiro muito), acompanhados pelo Samuel Silva ao piano (outro grande músico) na abertura do show!
O melhor foi poder ter a chance de tirar uma foto com os caras, juntamente com minha esposa. Por mais que tenha sido rápido, eles são muito simpáticos e receptivos!
Para quem não conhece o Take 6, recomendo que busque conhecer os trabalhos deles, pois é muito bom!

Quer ouvir uma voz fantástica? Leve 6 em 1! Take 6 in 1! Take 6!

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